poesias e textos

Sunday, January 22, 2006

OS 7 HÁBITOS DAS PESSOAS ALTAMENTE EFICAZES

STEPHEN R. COVEY –
O livro aborda as atitudes, maneiras, caminhos trilhados pelas pessoas altamente eficazes na vida profissional e no âmbito pessoal. Apresenta as práticas para se obter êxito nos relacionamentos. Bem, entendo que esse assunto interessa a todos já que o nosso anseio é a felicidade, a busca do sucesso no trabalho e na vida pessoal.

Farei uma abordagem com o objetivo de extrair a essência da obra. Os textos que não sofrerem qualquer interpretação ficarão entre aspas, resguardando a sua autoria. Farei enxertos com a minha abordagem sobre o tema.

O conhecimento não pode ficar aprisionado. Por essa razão quero dividir as lições dessa grandiosa obra.

O autor nos apresenta os componentes da Ética do Caráter: integridade, humildade, fidelidade, persistência, coragem, justiça, paciência, diligência, modéstia, e, a regra de ouro - fazer aos outros o que desejamos que nos façam.

Aliás, vale lembrar que essa regra é bíblica. Jesus, o maior psicólogo de todos os tempos, sabia que, embora não tenhamos entendimento profundo, só nos sentimos verdadeiramente completos quando fazemos o bem ao outro.

Há um provérbio chinês que diz: “Explore seu próprio coração, com toda a diligência, pois dele sairão as respostas da vida”. Lembramos novamente o Mestre dos Mestres que diz “onde está o teu tesouro, aí estará o teu coração”. Tomemos cuidado com os nossos sentimentos, pois se forem maus, quanta escuridão!

Emerson diz: “O que você é ecoa em meus ouvidos com tanta força que não consigo ouvir o que diz”. S. Tiago nos ensina que a fé sem obras é morta. Ou seja, não bastam as palavras, é preciso a ação, a atitude. É a forma como agimos que faz a diferença.

William George Jordan certa vez disse o seguinte: “Nas mãos de cada indivíduo encontra-se um poder maravilhoso, para o bem ou para o mal – a influência silenciosa, inconsciente e velada de sua vida. Trata-se simplesmente da radiação constante do que a pessoa realmente é, e não o que ela pretende ser”.

Nossos exemplos estão nas nossas atitudes e não nos discursos. Parece que estamos ouvindo Jesus dizendo “honram-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”.

O PODER DE UM PARADIGMA
“Um paradigma é a maneira como “vemos” o mundo – não no sentido visual, mas sim em termos de percepção, compreensão e interpretação”.

Toda a nossa maneira de ser está pautada na forma como vemos, percebemos e interpretamos o mundo, as pessoas.

Certa vez escrevi sobre as minhas percepções acerca de um filme, e foi gratificante ver o brilho nos olhos das pessoas que leram o texto e o interesse em assistir a esse filme.

Contudo, pude constatar que pelo menos uma daquelas pessoas havia se encantado mais com o meu relato do que com a exibição do filme. O que aconteceu, afinal? Simplesmente eu havia passado as minhas impressões, o que eu pude enxergar e compreender, a leitura que fiz daquela história e não a história propriamente dita. Cada pessoa tem a sua percepção do que vê, ouve, sente, cheira, toca.

“Vemos o mundo, não como ele é, mas como nós somos – ou seja, como fomos condicionados a vê-lo. Quando abrimos a boca para descrever o que vemos, na verdade descrevemos a nós mesmos, nossas percepções, nossos paradigmas”.

OS 7 HÁBITOS – UMA VISÃO GERAL
“Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito”.

“Plante um pensamento, colha uma ação; plante uma ação, colha um hábito; plante um hábito, colha um caráter; plante um caráter, colha um destino”.

Ser líder é fazer com que os colaboradores trabalhem com zelo e dedicação, sem com isso se sentirem obrigados. “Você pode comprar o trabalho de uma pessoa, mas não pode comprar o seu coração. O entusiasmo e a lealdade encontram-se no coração. Você pode comprar a força, mas não pode comprar o cérebro. E a criatividade, engenhosidade e potencial encontram-se no cérebro”.

É interessante notar como o autor dessa obra recomenda algo que já venho fazendo há algum tempo – compartilhar o aprendizado, discutir com outras pessoas. O aprendizado só agrega valor quando utilizado, disseminado, contagiado.

Quando alcançarmos a maturidade emocional nos definiremos pelo que realmente somos, e não pela opinião ou comparações feitas pelos outros.

DEFINIÇÃO DOS HÁBITOS
O autor nos apresenta a diferença entre a dependência, a independência e a interdependência. A dependência usa como paradigma o outro. “Você tem de tomar conta de mim. Você fez a coisa certa”. A independência faz de mim o centro, é o paradigma do eu. “Eu sei fazer. Eu sou responsável. Eu sei escolher. A interdependência é a maior marca de um time, é o paradigma do nós. “Nós podemos fazer isso”. Nós podemos cooperar”.

A interdependência faz de nós pessoas mais confiantes, conscientes do nosso próprio valor e, de forma madura, enxergamos com toda a clareza as habilidades, qualidades, competências daqueles que nos cercam. Isso nos leva a compreender que se fazemos algo bom, fazemos melhor quando trabalhamos em equipe. Juntos podemos fazer melhor do que isoladamente. A independência intelectual nos dá autoconfiança e por isso podemos reconhecer o valor do outro.

CONHECENDO OS SETE HÁBITOS
PRIMEIRO HÁBITO – SEJA PROATIVO

Ser proativo é se antecipar aos fatos, ter uma visão de futuro. Isso é tão importante na vida profissional quanto no foro pessoal.

Autoconsciência é a habilidade para pensar a respeito do próprio processo de pensamento.

Ser proativo é ter responsabilidade sobre os próprios atos sem colocar a culpa por seu comportamento nas circunstâncias, condições ou condicionamentos.

Eleanor Roosevelt disse: “Ninguém pode feri-lo sem seu consentimento”. Gandhi declarou: “Eles não conseguem tirar nosso respeito próprio, se não o entregarmos a eles”. Somos nós que permitimos que os outros nos machuquem. “É nosso consentimento, nossa permissão para que as coisas aconteçam a nós que nos fere, muito mais o que os eventos propriamente ditos”.

“Não é o que nos acontece que nos magoa, mas a resposta que damos ao que nos acontece que nos magoa”.

Ser proativo é tomar a iniciativa reconhecendo a responsabilidade de fazer com que as coisas aconteçam.

As pessoas reativas utilizam uma linguagem própria que as paralisam e impedem as ações necessárias, tais como: não há nada que eu possa fazer; sou assim e pronto; eles nunca vão aceitar isso; não posso; ah! Se eu pudesse.

A linguagem proativa leva a pessoa a agir para encontrar a solução: vamos procurar alternativas; posso tomar outra atitude; posso controlar meus sentimentos; vou buscar uma apresentação eficaz; preciso achar a resposta apropriada; eu escolho; eu prefiro; eu vou fazer.

Na obra é destacada a importância do Círculo de Influência (as amizades) e a distinção entre o “Ter” e o “Ser”. Há uma reflexão acerca da história de José, relatada no Antigo Testamento, vendido como escravo no Egito pelos irmãos, quando tinha 17 anos. Ele poderia ter se rendido à própria sorte, julgando-se um derrotado, vítima. Contudo, ele foi proativo. Trabalhou no Círculo de Influência, no âmbito do Ser e não do Ter, e em pouco tempo estava administrando a prisão e logo o Egito inteiro, obedecendo apenas ao faraó.

SEGUNDO HÁBITO – COMECE COM O OBJETIVO EM MENTE
É preciso traçar os nossos objetivos. Só avançaremos quando soubermos com clareza o que de fato queremos. O objetivo definido nos leva a trabalhar na direção da sua execução.

"O que se encontra atrás de nós e o que se encontra à frente são problemas menores, comparados com o que existe dentro de nós". Oliver Wendell Holmes

Começar com o objetivo em mente significa ter uma compreensão clara do que realmente é importante para nós e trabalhar para a realização desse objetivo.

Ao ter um objetivo definido você não perderá o foco do seu desejo. Você criará uma idéia mental do seu projeto e a seguir o porá em prática.

Muitas vezes para alcançar nossos objetivos precisamos reescrever a nossa história. Deixar o temor, a preguiça, a inatividade de lado e lutar pelo que queremos.

Anuar Sadat, antigo presidente do Egito, quando jovem, foi prisioneiro da Cela 54, uma solitária na Prisão Central do Cairo, em função de seu desenvolvimento em uma conspiração contra o rei Faruk. Ele aprendeu a se afastar de sua própria mente e, através de um processo profundo de meditação, reescreveu o seu papel.

Ele aprendeu que o sucesso verdadeiro é o sucesso interior. Não se encontra na posse das coisas, e sim na posse de si mesmo, na vitória sobre o eu.

Nossa maior barreira ao crescimento interior somos nós mesmos, com nossos medos, paradigmas, rigidez mental, cegueira. Se nos vencermos voaremos ao infinito.

TERCEIRO HÁBITO – PRIMEIRO O MAIS IMPORTANTE
É preciso definir as prioridades. Esses hábitos citados tratam do autodomínio e formam as vitórias particulares. Saibamos que as vitórias particulares precedem as públicas. Esse é o princípio do gerenciamento pessoal. Saber eleger prioridades é uma arte.

A Conta Bancária Emocional
Você já ouviu falar na Conta Bancária Emocional? Cada vez que você faz uma gentileza você faz depósitos nessa Conta Bancária. Cada vez que você de alguma maneira agride alguém você faz saques assombrosos nessa Conta.

“Não é fácil ter paciência. Ser proativo exige caráter firme, foco em seu próprio Círculo de Influência, capacidade para estimular o amadurecimento, e não “arrancar as flores para verificar como as raízes cresceram”.

O livro enumera Seis Depósitos Importantes os quais citaremos a seguir.

Compreender o Indivíduo. Significa entender o outro com compaixão. Dar a atenção que você gostaria de ter.

Prestar Atenção às Pequenas Coisas. Às vezes tropeçamos em coisas tão simples como dar um sorriso, desejar felicidades, lembrar o aniversário do amigo. Interessar-se pela vida das pessoas que nos cercam. Agindo com cuidado faremos depósitos imensos em nossa conta Bancária Emocional.

Honrar os Compromissos. Quando descumprimos uma promessa fazemos um saque enorme.

Esclarecer as Expectativas. É importante que as pessoas saibam o que queremos delas realmente. O que esperamos do trabalho, da amizade.

Demonstrar Integridade Pessoal. Provamos nossa integridade sendo leais a quem não está presente. Defendendo os ausentes ganhamos a confiança dos presentes.

Pedir Desculpas Sinceras Quando Você Faz Uma Retirada. A desculpa sincera é um bálsamo na ferida que abrimos quando magoamos alguém. Pedir desculpas eleva a nossa estatura de caráter.

QUARTO HÁBITO – PENSE EM GANHA/GANHA
Às vezes precisamos perder uma batalha para mais tarde vencermos a guerra. Entendo que esse princípio provém do amadurecimento emocional, do nível de conscientização do seu Eu.

As pessoas que pensam e agem proativamente entenderão mais rapidamente o princípio do Ganha/Ganha. Àquelas que elegem o que realmente importa em suas vidas certamente exercitarão com alegria esse princípio.

O livro cita uma negociação na qual um dos contratantes quer rescindir o contrato sem, contudo ter que pagar pesada multa. A outra parte, mesmo acreditando que no primeiro momento não fará bom negócio aceitando a rescisão, por ter uma visão de futuro, proativa, enxerga nesse parceiro um cliente em potencial que, se sair ferido da negociação não mais fará parceria com ele. O acordo é selado e, posteriormente, esse cliente celebra um grande negócio com esse parceiro por confiar nele, por acreditar que ele soube compreender a importância das relações. Então a perda inicial foi totalmente substituída com larga medida pelo lucro auferido no próximo negócio.

Quando em uma discussão somos fiéis às nossas idéias como cachorros ao seu osso, sem nos importarmos com os estragos no relacionamento, será que ao final poderemos dizer que saímos ganhando nessa discussão? O que é mais importante: a amizade ou a sensação de vitória sobre uma discussão?

A relação ganha/ganha é aquela na qual você, ainda que no primeiro momento perca um pouco de terreno, terá arado a terra para que a semente ali plantada produza cem por um. Essa é a máxima de Jesus. Eis aí o segredo das relações.

Ainda que intuitivamente muitas vezes utilizei a atitude ganha/ganha objetivando colher frutos mais tarde e posso assegurar que sempre que agi assim não só me senti bem como percebi o acerto na minha decisão.

QUINTO HÁBITO – PROCURE PRIMEIRO COMPREENDER, DEPOIS SER COMPREENDIDO
À medida que nos interessamos pelas histórias dos outros somos capazes de agir com paixão – compaixão. Agir com paixão. Compreender com paixão. Ouvir com paixão. Em geral queremos que nos compreendam, mas, será que estamos compreendendo o outro? Exercitando a paciência, a escuta, a compaixão, cresceremos como seres humanos, melhoraremos nossos relacionamentos.

Todas as nossas atitudes têm conseqüências diretas com os nossos relacionamentos. Nosso trabalho depende dos relacionamentos. O sucesso profissional decorre dos relacionamentos. Procuremos ouvir sem criticar, sem julgar, simplesmente ouvir. As coisas nem sempre são como se nos apresentam. A minha verdade poderá não ser a verdade dos fatos. Nossa visão é limitada e comprometida com a nossa percepção.

O autor conta o exemplo de um homem que estava em um trem com seus dois filhos, ainda crianças. Essas crianças faziam tanto barulho que perturbava a todos. Ele pensou que o pai era um insensível, egoísta, que não se preocupava com os demais. Feita essa leitura superficial sua raiva cresceu. Ao se aproximar desse pai, soube que ele acabara de perder a esposa e que as crianças estavam encontrando uma maneira de extravasar a dor. Aquele homem estava tão absorto no seu caos interior que sequer estava ouvindo os sons ao seu redor. Imediatamente nosso interlocutor mudou a sua visão acerca daquele homem. Teve vontade de consolá-lo de alguma maneira. Repetindo, a nossa visão muitas vezes nos prega peças. Ele via um quadro de egoísmo desse pai quando na verdade era um abandono em conseqüência da dor da perda de sua esposa.

Jesus sabiamente aconselhou-nos a não julgar os outros. Só Ele sabe realmente o que acontece dentro de cada coração.

SEXTO HÁBITO – CRIE SINERGIA
O que temos feito para tornar o nosso ambiente agradável? O que temos feito para que nos tornemos confiáveis? Criar sinergia. Deixar um pouco do melhor de nós em cada gesto, cada atitude, cada palavra. Fazer emergir o que há de bom em nós e em cada um dos que nos rodeiam, isso é criar sinergia.

SÉTIMO HÁBITO – AFINE O INSTRUMENTO
Esse é o princípio da auto-renovação. Afinar o instrumento pode significar várias coisas, dentre elas cito investir em si mesmo sem mesquinharia. Se um curso vai me proporcionar maiores conhecimentos para o meu trabalho e a organização não promove esse treinamento, por que eu não invisto em mim mesmo? Será que eu não mereço me presentear com esse curso?

O que tenho feito com o meu círculo de amizades? Tenho ligado para os meus amigos? Tenho devolvido as ligações, respondido aos e-mails? Tenho procurado desfazer os mal-entendidos? E a minha espiritualidade? Tenho procurado compreender os ensinamentos de Cristo que são úteis para qualquer ser humano independentemente de religião?

Afinar o Instrumento abrange todos os outros hábitos. Significa o aprimoramento contínuo em qualquer faceta de nossas vidas: pessoal, profissional, social, familiar, religioso.

Ao nos darmos conta de que precisamos constantemente afinar o instrumento alcançamos um nível de amadurecimento capaz de nos levar a altos níveis de compreensão e de vida com qualidade.

06/12/05
Iara Mesquita

2 Comments:

  • At 8:51 PM, Blogger Wagner said…

    This comment has been removed by the author.

     
  • At 8:53 PM, Blogger Wagner said…

    Provérbio chinês? Não!!! Isso é Provérbios 4:23. É um provérbio de Salomão. Está na Bíblia.

     

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