poesias e textos

Saturday, August 08, 2009

PAIS, HERÓIS DE VERDADE

Pai de todos os Pais: Deus Pai
Que se doou inteiro
Assim os pais aqui na terra
Desempenham uma sublime missão
Velam por seus filhos
Sublimam a dor do desassossego
Suplantam toda incompreensão
Deslidam os mistérios insondáveis
Do coração de seus meninos
Basta o simples exisitr do rebento
Para aflorar esse amor sem paralelo
De proporções oceânicas
A linguagem do amor é única
Que une todos os pais
Esses Anjos da Guarda disfarçados de gente
Filhos, reservem hoje o melhor presente: seu sorriso
Para esses heróis verdadeiros: seus Pais
Feliz Dia dos Pais
Iara Maria de Oliveira Mesquita /agosto/2009

Monday, May 18, 2009

DOCE INSÔNIA

Para que dormir
Se o melhor é ficar acordada
Pensando em você?
Para que sonhar enquanto durmo
Se posso controlar meus sonhos estando alerta?
Doce insônia povoada de encantos
De lembranças perfumadas
De uma fragrância nunca vista
Doce insônia qual uma linda canção
A mover meu coração
Sempre em sua direção
Mais doce do que o mel
É seu nome para mim
Mais belo do que o Sol
É o seu olhar a envolver-me
Tesouro inestimável
É a lembrança que tenho
Em cada Doce Insônia.


Iara Mesquita

Wednesday, May 13, 2009

VIVER É UM RISCO

Nascer é um risco
Só morre quem nasce
Mas não nascer é não conhecer
O doce mistério da vida
Andar sem rumo é um risco
Não vou me trancar em casa
Por medo de ser assaltada
Não vou deixar de comer o que me agrada
Por medo de que me faça mal
E se fizer terei tido o prazer de apreciar o alimento
Andar na chuva pode provocar resfriado
Mas se ele vier, terei tido o prazer de dançar na chuva
Abrir a alma para alguém é um risco
Se algo der errado vai doer muito
Mas não deixarei de acreditar nas pessoas por isso
Escrever é um risco
Não vou abandonar a minha paixão pela escrita
Por medo de me expor
Agir com leveza, quebrar protocolos, rir à toa
Conversar com as rosas
Encantar-se com os pássaros, tocar as estrelas
Pode parecer loucura
Porém, não deixarei de viver intensamente
Sonhar é um risco
Sonharei enquanto viver
Jamais deixarei de amar
Por medo de não ser correspondida
O amor por si só é suficiente
Faz bem, enaltece, eleva, dignifica, justifica
Faz sorrir, chorar, cantar, praguejar, rezar, viver
A paixão sempre me acompanhará
Paixão pelos meus livros, pela arte da escrita
Paixão pela natureza, pela minha família
Paixão pelas minhas músicas, por épocas vividas
Paixão pelas belas histórias de amor
A paixão às vezes faz doer
Contudo, não troco essa dor
Pelo vazio de nada sentir, nada saber, nada experimentar
Por nunca o olho brilhar, o coração descompassar
O marasmo de nada acontecer
Paixão, para mim, é Vida

Iara (texto escrito logo após ler um e-mail amigo)
24/05/2007

SEM PALAVRAS

Há palavras que nada dizem
Textos que nada expõem
Discursos que nada revelam
Há silêncio que tudo fala
Que tudo expressa
Há silêncio que não se cala
E olhar que tudo diz
Há o silêncio da dor
Para a qual nenhuma palavra consola
Há olhar que é todo amor
E olhar de desamor
Há o silêncio da solidão
E silêncio da emoção
Há o silêncio da cumplicidade
De todos os grandes amantes
Esse silêncio que se faz presente
Mesmo nos momentos ausentes
Silêncio de um beijo ardente
Para que falar sobre o que sente?
Silêncio de um abraço gostoso
De um caso rumoroso
Silêncio de mil segredos
Silêncio que me seduz
Que me conduz
Silêncio

Iara Mesquita 27/05/08

Sunday, May 28, 2006

DATAS ETERNIZADAS

Sou leitora da Lya Luft e observei que, assim como nós outros, ela também comete o engano de achar que a Páscoa tem uma época rígida, determinada para ser vivida.

Lya inicia o seu texto na Veja desta semana - Uma Páscoa particular -, informando que tem escrito sobre eventos especiais com intencional atraso. Ora, quem disse que refletir sobre a Páscoa hoje esteja fora do calendário? Por que só em momentos específicos nos dignamos a fazer o que deveríamos a cada dia? Por acaso Jesus determinou um dia do ano para que pudéssemos perdoar, pedir perdão, rezar, fazer bons propósitos?

Páscoa significa Mudança, Renovação, Renascimento. Essas metas devem ser constantes na vida de um cristão. Não devemos estabelecer um período para que aprendamos e queiramos ser Gente.

Há uma canção do Padre Zezinho que diz "Que bom seria se o Natal não fosse um dia...". Como é linda a época do natal. A cidade fica cheia de luzes coloridas. As casas são ornamentadas com o Papai Noel, o bom velhinho, cheio de graça e paz. Nessa época nos tornamos mais fraternos, amigos, abrimos o nosso coração. Após a Páscoa nos fechamos e só no Natal nos abrimos novamente. Apenas embalados pela canção do "Bate o Sino Pequenino" percebemos que os necessitados têm fome e frio. Só no Natal perdoamos a quem nos ofendeu. Somente no mês de dezembro abraçamos a todos, trocamos gentilezas. Por quê?????

O pobre permanece necessitado após o natal. Os doentes que visitamos no período natalino continuam a sentir solidão. Os nossos vizinhos, amigos, colegas continuam dignos do nosso carinho, da nossa atenção.

O Menino Jesus continua a pedir que não apaguemos as luzes do nosso coração. Não desarmemos a árvore na qual colhemos frutos de misericórdia. Não esqueçamos a imagem do Papai Noel que nos remete ao Santo - São Nicolau - que distribuiu seus bens com os necessitados. No entanto, o maior temor do Menino-Deus é o de que, como em todos os anos, Ele mais uma vez seja abandonado, ignorado, esquecido para somente no natal seguinte ser lembrado.

Façamos a nossa Páscoa todo dia. Celebremos o Natal sempre.

Para os que lêem as minhas mensagens advirto que não mais seguirei as regras impostas pelos homens de só escrever sobre a Páscoa e o Natal nas épocas que estão em vermelho no calendário. Bem, esse é o propósito mais fácil de cumprir. Há, contudo, um longo caminho a seguir. Sei que preciso crescer um pouco a cada dia. Tenho consciência de que algumas vezes além de não vencer nenhum degrau ainda escorrego e fico mais distante d'Ele. Sei, no entanto, que o importante é ter consciência da minha pequenez e não desanimar nunca. Afinal, Tudo é possível ao que crê.

Iara Mesquita
05/04/05

REFLEXÕES SOBRE O LIVRO FERNÃO CAPELO GAIVOTA

Richard Bach foi piloto da Força Aérea Americana e Fernão Capelo Gaivota foi seu primeiro sucesso literário publicado em 1970.

O livro relata a história de uma gaivota que quebrou todas as barreiras porque queria voar até o infinito. Essa gaivota se recusou a aceitar a imposição de que era limitada. Ignorou o espírito de manada e treinou incansavelmente, perseguindo o seu sonho maior.

É sobre essa garra e determinação de quem reescreve a própria história que vamos discorrer.

Fernão Capelo Gaivota tinha como maior objeto voar sempre mais alto, vencendo as próprias limitações até chegar à perfeição.

As outras gaivotas do bando ignoravam esse seu jeito de ser. Elas aceitaram o perfil imposto: gaivotas não voam como os gaviões, e pronto. Mas Fernão era questionador por natureza, seu espírito revolto não aceitava as barreiras impostas. Por que não podia voar rápido como os falcões? Por que não podia voar à noite como as corujas? Por que não podia fazer vôos rasantes como os pelicanos e albatrozes?

“Podemos nos erguer de nossa ignorância, podemos nos considerar criaturas exímias, inteligentes, hábeis. Podemos ser livres! Podemos aprender a voar”.

Às vezes parecemos talhados em pedra. Não conseguimos ceder para aprender.

Fernão pagou um preço muito alto por se recusar a seguir o destino traçado para o Bando. Foi julgado, banido do Bando. “Fernão Gaivota descobriu que o tédio, o medo e a raiva são as razões pelas quais é tão curta a vida das gaivotas, e, com essas limitações longe de seus pensamentos, viveu, na verdade, uma longa vida”.

Fernão voou até o céu. Então ele descobriu que ali havia gaivotas que pensavam como ele. Elas também tinham o mesmo sonho: ir além da mesmice, superar obstáculos, vencer a si mesmas.

“O céu não é um lugar e também não é um tempo. O céu é um ser perfeito”.

Tocamos o céu cada vez que crescemos espiritualmente. A perfeição não tem limites.

As gaivotas que temem a estrada para a perfeição, não voam além da mediocridade. As que corajosamente enfrentam os desafios porque desconfiam de tudo que é finito, vão a qualquer lugar sempre que quiserem.

Para vencer as próprias limitações é preciso acreditar que pode. É preciso sentir que já conseguiu.

É preciso ignorar que nos encontramos presos dentro de um corpo limitado.
“Sede santos, como eu sou santo”. Essa é a nossa verdadeira natureza.

Quando pudermos compreender a extensão dessa citação bíblica venceremos qualquer barreira.

Nosso vôo mais difícil será aquele que nos levará ao aprendizado do verdadeiro significado da bondade e do amor.

“Fernão ali de pé na areia, começou a pensar se lá havia uma gaivota que poderia estar lutando para libertar-se de seus limites, para ver o significado do vôo”.

“Vê mais longe a gaivota que voa mais alto”.

A verdadeira amizade vence espaço e tempo. “Supere o espaço e tudo que nos sobra é o Aqui. Supere o tempo, e tudo o que nos resta é o Agora”.

Afastemos a idéia de limitação e alçaremos vôos ao infinito.

Jesus, a nossa Grande Gaivota, foi ele mesmo, com toda a liberdade. Fez o vôo mais perfeito, além dos limites do próprio corpo. Também ele foi considerado um Pária pelo Bando. Contudo, levou o seu projeto até o fim. Não temeu, não recuou. Avançou sempre, mais e mais. O Bando continuou na terra preso à própria limitação, não por falta de estímulo, convite, exemplo. Simplesmente porque não acreditou que seria capaz de vencer, de se tornar maior, de alçar vôo para novos horizontes.

“O que era velho se foi. Eis que tudo se fez novo". Precisamos desenvolver a capacidade de nos desapegarmos das velhas manias, medos antigos, descrenças e renascer inteiramente novos. Cheios de novidade de vida. Afastar os velhos pensamentos que nos aprisiona. Crer que podemos e devemos ser ilimitados: no amor, no perdão, na paciência etc.

Somos todos uma idéia divina - a Grande Gaivota na parábola de Richard Bach.

Precisamos praticar a nossa visão e todos os nossos sentidos, até a exaustão, para que possamos ver a Luz Verdadeira em cada ser humano. Ou, na alegoria de Bach "A gente tem que praticar e ver a gaivota autêntica, o bem em todas elas, e ajudá-las a vê-lo em si mesmas. Foi isso o que eu quis dizer com amor. E é divertido, quando a gente pega o jeito da coisa”.

Quando Jesus nos deixou ele quis que usássemos os seus ricos ensinamentos, praticássemos os seus exemplos, descobríssemos a nós mesmos, um pouco mais todos os dias.

Jesus falou que somos capazes de fazer as mesmas coisas que ele. Que faríamos muito mais, porque ele iria para o céu, seu tempo era curto, e nós ficaríamos aqui mais ainda. Será que compreendemos esse desafio? Poderemos ser divinos se realmente quisermos.

A felicidade suprema de um ser humano será no dia em que ele, ainda que por apenas um átimo de instante puder ver as pessoas como Jesus as vê. Então, nesse dia se realizará a Jerusalém celeste dentro do nosso coração: não haverá mais medo, ressentimento, raiva, ódio, ciúmes. Só o amor comandará a nossa vida. Compreenderemos que o céu não é um lugar, mas um estado de espírito.

Iara Mesquita
11/03/06

Friday, February 10, 2006

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO TEMA SABER CUIDAR ABORDADO POR LEONARDO BOFF

O livro aborda de forma simples e clara a atitude de cuidar dos relacionamentos, da natureza, do nosso planeta.

Cuidar envolve atenção, zelo, carinho, interesse, responsabilidade pelo outro. Então me lembro de Saint Exupéri, em O Pequeno Príncipe, quando fala em cativar e complementa dizendo que quando cativamos alguém nos tornamos responsáveis por essa pessoa. Isso significa uma simbiose, algo além do imaginável.

Quando cuidamos de alguém esquecemos um pouco de nós e nos centramos no outro. A sua história passa a ser a nossa história. A sua dor doerá em nós e a sua alegria nos tornará felizes.

Cuidar dos relacionamentos – quantas vezes não valorizamos aqueles que são importantes para nós. Somos distantes, indiferentes. Achamos que não precisamos demonstrar o nosso carinho, o nosso cuidado.

Esquecemos que nós, seres humanos, precisamos de símbolos, de gestos, palavras, atos, ações. Não somos adivinhos e nem queremos sê-lo.

Cuidamos de uma amizade quando retornamos uma ligação, respondemos a uma correspondência, aceitamos um convite proferido de coração. Cuidamos quando realmente nos preocupamos com o outro, quando queremos que o melhor lhe aconteça. Cuidamos do outro quando não deixamos para amanhã o pedido de desculpa ou a declaração de que essa pessoa realmente importa para a gente.

O cuidado envolve a escuta verdadeira, desarmada, desinteressada. Significa acreditar no outro, vê-lo com olhos misericordiosos e defendê-lo em sua ausência.

Os relacionamentos se assemelham a uma plantinha que necessita de cuidados especiais. Precisamos regá-la, adubá-la, podá-la, senão ele resseca e morre.

Cuidemos de nossa plantinha. Não deixemos que morra para só então compreendermos o quanto nos faz falta..

Aprendamos a SABER CUIDAR de tudo o que nos cerca, mas, principalmente, cuidemos de nossos relacionamentos, pois toda a nossa vida gravita em torno de pessoas.

Iara Mesquita

22/12/05

CONSIDERAÇÕES ACERCA DO LIVRO O PEQUENO PRÍNCIPE

O Pequeno Príncipe foi escrito por Antoine de Saint-Exupéry em 1943, um ano antes de sua morte. Embora pareça um livro para crianças, é na verdade um livro rico em alegorias e verdades profundas sobre o relacionamento humano. Seu escritor tinha alma de poeta e suas frases ainda hoje são muito citadas por inúmeras pessoas. Até quem nunca leu essa obra conhece alguns de seus famosos textos como o diálogo da raposa com o pequeno príncipe. Esse livro atravessou continentes e foi traduzido para muitas outras línguas, sendo seu original em francês.
Pertenço a miríade de estrelas tocadas pela bela história de O Pequeno Príncipe, e não consigo aprisionar o desejo de compartilhar as impressões que a obra me causou.
Conservarei, como sempre, as mensagens do autor entre aspas. Minhas considerações surgirão livres nesse texto para que o leitor saiba identificá-las.
Gostaria de lembrar que uma das maiores traves em nossa visão chama-se – preconceito. Por causa dele muitas vezes deixamos de crescer. Esse livro, apesar de contar a história de um menino de seis anos, não foi escrito para crianças. As crianças me desculpem, mas elas não têm maturidade para alcançar a sabedoria dessa obra abissal. Adultos, não permitam que o preconceito lhes impeça de descobrir as grandes verdades contidas nessa pequena obra.
Exupéry começa desnudando a nossa pequenez. Somos tão fúteis. Não conseguimos enxergar a essência das pessoas. Quando nos falam de alguém, queremos saber seu cargo, onde mora, como mora, quantos anos tem.
Tolos que somos, nunca perguntamos sobre o que essa pessoa pensa, quais os seus ideais. O que tem feito para tornar o mundo melhor. Interessa-nos apenas as suas referências sociais.
“As pessoas grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: "Qual é o som da sua voz? Quais os brinquedos que prefere? Será que coleciona borboletas?”Mas perguntam: "Qual é sua idade? Quantos irmãos ele tem? Quanto pesa? Quanto ganha seu pai?”Somente então é que elas julgam conhecê-lo.”
A seguir esse pequeno admirável, que transpira amor, nos apresenta a cor púrpura do verdadeiro sentimento.
“Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla. Ele pensa: "Minha flor está lá, nalgum lugar..." Mas se o carneiro come a flor, é para ele, bruscamente, como se todas as estrelas se apagassem!”
Aqueles que conhecem esse sentimento poderoso chamado amor compreendem o que o principezinho quis nos dizer. A vida só tem sentindo quando estamos ao lado de quem amamos. Se não temos nossos amados conosco, é como se estivéssemos absolutamente sós nesse planeta imenso.

O amor de que tratamos aqui se reveste de várias formas. Não só amor homem-mulher. Mas o amor entre os pais e os filhos, o amor entre irmãos, o amor de uma família e até entre amigos.

"Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras.”

Quantas vezes deixamos de enxergar o óbvio e nos apegamos a palavras ditas no calor da emoção, que podem não representar os nossos reais valores. Será que a nossa atitude não conta? Então basta um diálogo desastroso e todo o resto será apagado? Que amizade é essa tão frágil que facilmente se quebra? Onde a compreensão, a sensibilidade para conhecer o outro e dar-lhe uma chance para se desculpar?

“É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas”

Temos uma miopia emocional que não nos deixa enxergar todo o caminho percorrido. Interessa-nos apenas o pódio. O vencedor, para ganhar a coroa da vitória, antes teve que se submeter o longas horas de exercícios. Sacrificou momentos de lazer. Fez regimes severos – foi larva. Mas nós queremos nascer borboletas, lindas, leves, coloridas.

É preciso o estágio da larva. Conhecer a aspereza do solo, o olhar indiferente dos outros. É preciso lutar e não desanimar. Só assim nos tornaremos borboletas.

Para os líderes de hoje, o Pequeno Príncipe ensina que não devemos exigir das pessoas algo que não possam cumprir. Dessa maneira não só ficamos desautorizados como frustramos os que nos ccercam. Vejamos o trecho a seguir:
“Se eu ordenasse a meu general voar de uma flor a outra como borboleta, ou escrever uma trtragédia, ou transformar-se em gaivota, e o general não executasse a ordem recebida, quem - ele ou eu - estaria errado?... É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar, replicou o rei. A autoridade repousa sobre a razão. Se ordenares a teu povo que ele se lance ao mar, farão todos euma revolução. Eu tenho o direito de exigir obediência porque minhas ordens são razoáveis.”
Pode parecer estranho, mas muitas vezes somos extremamente severos conosco. Então, o rei de um dos planetas visitados pelo nosso pequeno ilustre, dá-lhe uma missão espinhosa:
“- Tu julgarás a ti mesmo, respondeu-lhe o rei. É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues julgar-te bem, eis um verdadeiro sábio.”

A rosa amava o Pequeno Príncipe, mas sabia que ele tinha que partir. Não tentou impedi-lo. Foi corajosa, desprendida. Vejamos o trecho da rosa:
“- Não demores assim, que é exasperante. Tu decidiste partir. Vai-te embora!
Pois ela não queria que ele a visse chorar. Era uma flor muito orgulhosa...”
Ah! Rosa, precisamos aprender a deixar que as nossas gaivotas voem livremente. Algumas fazem um vôo definitivo que nos partem o coração, despedaçam nossa alma, trituram o nosso corpo. Nem sempre conseguimos superar com rapidez a dor da perda. Difícil é continuar sozinho. Trilhar os mesmos caminhos, ouvir a mesma música, sentir o mesmo perfume e ao mesmo tempo perceber que nada mais é como antes. É preciso dizer com todas as letras alto e bom som, de coração: tu decidiste partir. Vai-te embora, sê feliz ainda que meus olhos não mais te alcancem, meus ouvidos não mais te escutem, minha mão não mais te toque.
É preciso aprender a enterrar os mortos. É preciso aprender com o passado e não querer transformá-lo em presente. É preciso viver o presente.
O sétimo planeta visitado pelo Pequeno Príncipe foi a Terra. Então o Príncipe encontra a raposa e trava um interessante diálogo no qual a raposa diz não poder brincar com ele porque não foi cativada. O menino, curioso, pergunta o que significa cativar.
“- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
“- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo.”
Quando cativamos alguém passamos a nos interessar por sua vida, seus projetos, seus sonhos. Sua alegria é também a nossa. Sua dor nós compartilhamos. Essa pessoa passa a ter toda importância para nós. Sua voz é destacada das demais, seus defeitos são amenizados por nossa afeição. A ofensa logo é esquecida e o que de bom nos diz será eternamente lembrado. “Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo.”

“Se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra... O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo”.

Às vezes uma canção não nos diz nada. Mas se de repente essa mesma canção lembra alguém especial, ela passa a fazer toda a diferença. Uma frase dita por um estranho pode não significar nada. Entretanto, se proferidas as mesmas palavras por quem realmente importa para nós, essa frase soará como música. Outras vezes é um gesto que gravamos, um cheiro que registramos, um som de passos que se distingue de todos os outros. “E eu amarei o barulho do vento no trigo” apenas porque o trigo, que é dourado, assim como os teus cabelos louros, me fará lembrar de ti.



Prosseguindo o diálogo, a raposa diz que “a gente só conhece bem as coisas que cativou... Se tu queres um amigo, cativa-me!”
A raposa fala ainda sobre a alegria antecipada. Só os que realmente entendem o verbo cativar sabem do que ela está falando.
“Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.” E explica que são os ritos que fazem com que um dia seja diferente do outro.
Mas chegou a hora da partida e toda despedida é triste. O Príncipe, ao sentir a dor que a raposa não conseguia esconder no pranto que transbordava de sua alma, indagou por que quisera ser cativada se agora sofria. Que lucro teria?
A raposa lembrou-lhe que lucraria por causa da cor do trigo. Agora o trigo teria toda importância para ela. E disse que retornasse ainda uma vez para que lhe desse um presente.
Ao retornar para despedir-se, a raposa deu-lhe de presente uma sábia frase:
“Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.... Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”
Quando há uma perfeita sintonia não precisamos nem falar. Ás vezes um olhar é tão mais enriquecedor do que tantas palavras. É nesse momento de simbiose que enxergamos a alma do outro.
Somos responsáveis por aquilo que cativamos. Nosso jardim precisa de água, luz, cuidado. Se nossas rosas secarem será responsabilidade nossa.
Nosso principezinho encontrou-se no deserto com um piloto que fez uma aterrissagem forçada por causa de uma pane no motor da aeronave.
Esse pequeno ser é fiel ao amor de sua flor que deixou lá no seu pequenino planeta. Olhando o céu estrelado ele comenta que as estrelas são belas por causa de uma flor que não se vê.
Então, carregando nos braços o pequeno adormecido, o piloto comenta: "O que tanto me comove nesse príncipe adormecido é sua fidelidade a uma flor; é a imagem de uma rosa que brilha nele como a chama de uma lâmpada, mesmo quando dorme..."

“Os homens do teu planeta, disse o principezinho, cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim... e não encontram o que procuram... E, no entanto o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa, ou num pouquinho d'água... Mas os olhos são cegos. É preciso buscar com o coração...”
O pequeno príncipe nos exorta a valorizar as rosas do nosso jardim, a beber da nossa fonte.
“A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar...”
Aproxima-se o momento da despedida entre o pequeno príncipe e seu amigo do deserto. É um outro momento de lança no peito. Será à noite. Ele se deixará picar por uma cobra venenosa para que morra e, assim, possa voltar ao seu planeta e cuidar da rosa que tanto ama. Por nada ele se afastará do sonho de rever a sua rosa. Enfrentará a escuridão da morte, o pavor que a antecede pelo simples prazer de rever o amor de sua vida – a sua rosa, única no mundo.
Ele não quer que seu amigo o veja morrer, pois sabe que irá sofrer e quer poupá-lo desse sofrimento. Quer dar-lhe um presente... o seu sorriso.
“As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu, porém, terás estrelas como ninguém... Quando olhares o céu de noite, porque habitarei uma delas, porque numa delas estarei rindo, então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem rir!
- E quando te houveres consolado (a gente sempre se consola), tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo. Terás vontade de rir comigo. E abrirás às vezes a janela à toa, por gosto... E teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: "Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!" E eles te julgarão maluco. Será uma peça que te prego... Será como se eu te houvesse dado, em vez de estrelas, montões de guizos que riem...
- Esta noite... tu sabes... não venhas.
- Eu não te deixarei”.
Quantas vezes fazemos promessas que não cumprimos. Mentimos? Não, apenas naquele momento em que nos entregamos inteiros somos verdadeiros. Verdadeiros ao que sentimos. Depois, esse sentimento nos abandona. Viramos apenas uma casca. A aura se foi.
”- Tu compreendes. É longe demais. Eu não posso carregar este corpo...É muito pesado. Mas será como uma velha casca abandonada. Uma casca de árvore não é triste... Será bonito, sabes? Eu também olharei as estrelas. Todas as estrelas serão poços com uma roldana enferrujada. Todas as estrelas me darão de beber...Será tão divertido! Tu terás quinhentos milhões de guizos, eu terei quinhentos milhões de fontes...”
Quantas vezes nos apegamos a uma casca sem vida, porque o que ali existia já se foi para outro planeta. Aprendamos com o pequeno príncipe a enxergar aquilo que só se vê com o coração.
27/12/05
Iara Mesquita

Sunday, January 22, 2006

COMPARTILHANDO O FILME “DANÇA COMIGO”

Quero compartilhar com vocês, colegas, as impressões que tive ao assistir ao filme Dança Comigo? com Susan Saradon, Richard Gere e Geniffer Lopez.

É um filme leve que retrata a rotina de um homem comum.. Não há nada de sobrenatural, irreal. Farei um breve relato desse filme. Nada além do que o expresso na sinopse que acompanha o DVD, pois não quero impedi-los de assistir a esse belo filme.

John Clark (Richard Gere) é um advogado de Chicago que tem uma vida tranqüila e feliz. Sua mulher Beverly (Susan Sarandon) é bonita e alegre, os filhos, exemplares. Porém, ele sente que falta algo para colorir a sua vida. Ao passar de trem todos os dias em frente a uma escola de dança repara que uma moça triste (Jeniffer Lopez) está sempre olhando a rua da janela. Resolve conhecer a tal escola. Aos poucos se apaixona pela dança. Sua vida se transforma. Ele se torna mais alegre, leve, desinibido. Lá, ele descobre que seu chefe, usando disfarces, é um exímio dançarino. O disfarce representa o medo que as pessoas têm de expor a sua felicidade.

Para mim o mais importante dessa história é a quebra de CONCEITOS ou PRECONCEITOS. Ele relutou antes de assumir que queria dançar, que gostava de dançar. Escondeu isso de sua família, de seus colegas. Entretanto, aos poucos a sua nova postura foi denunciando que algo diferente estava acontecendo em sua vida. É emocionante vê-lo dançando no meio da rua. Sem se preocupar com a opinião alheia!!!! que importa a opinião alheia, se ele é feliz, se não está fazendo mal a ninguém? É lindo vê-lo dançar com a sua esposa dentro de uma loja de conveniência, novamente, alheio a tudo que os rodeia. É o seu momento. Ele é FELIZ.

Que bom seria, meus amigos, se vivêssemos mais livres das amarras que nos impuseram. Por que não posso cantar? Por que não devo dançar? Por que não devo dizer o quanto gosto das pessoas? Quando éramos crianças tínhamos a liberdade nata, genuína dos puros. À medida que crescemos vamos aprendendo regras que aparam as nossas asas e nos tornam engessados.

Conheço pessoas, pobres criaturas, que delimitaram tanto as suas vidas que as transformaram em um cárcere. Elas não se permitem sorrir, porque não têm mais idade para isso....não se permitem elogiar alguém.....Isso demonstra fraqueza.....Não admitem cantar ....Isso é coisa de adolescente....Dançar? Nem pensar, o que dirão? Elogiar o/a chefe? Isso é coisa de puxa-saco. Mas o que essas pobres criaturas fizeram de suas vidas?

Ainda há tempo. Já li vários relatos de pessoas que ao se despedirem da vida só lamentam as coisas simples que deixaram de fazer. Ninguém lamenta não ter trabalhado além da conta. Não ter acumulado mais riquezas ou se vingado das pessoas. Não!!! Lamentam, simplesmente, não ter VIVIDO. Temos a nossa CHANCE DE VIVER A VIDA PLENAMENTE. É um convite que faço a todos. A propósito, Richard Gere e Jeniffer Lopez dão um espetáculo à parte de dança – MAGNÍFICO .

Um abraço
Iara Mesquita, cantando, dançando e sorrindo, porque a vida é bela.

OS 7 HÁBITOS DAS PESSOAS ALTAMENTE EFICAZES

STEPHEN R. COVEY –
O livro aborda as atitudes, maneiras, caminhos trilhados pelas pessoas altamente eficazes na vida profissional e no âmbito pessoal. Apresenta as práticas para se obter êxito nos relacionamentos. Bem, entendo que esse assunto interessa a todos já que o nosso anseio é a felicidade, a busca do sucesso no trabalho e na vida pessoal.

Farei uma abordagem com o objetivo de extrair a essência da obra. Os textos que não sofrerem qualquer interpretação ficarão entre aspas, resguardando a sua autoria. Farei enxertos com a minha abordagem sobre o tema.

O conhecimento não pode ficar aprisionado. Por essa razão quero dividir as lições dessa grandiosa obra.

O autor nos apresenta os componentes da Ética do Caráter: integridade, humildade, fidelidade, persistência, coragem, justiça, paciência, diligência, modéstia, e, a regra de ouro - fazer aos outros o que desejamos que nos façam.

Aliás, vale lembrar que essa regra é bíblica. Jesus, o maior psicólogo de todos os tempos, sabia que, embora não tenhamos entendimento profundo, só nos sentimos verdadeiramente completos quando fazemos o bem ao outro.

Há um provérbio chinês que diz: “Explore seu próprio coração, com toda a diligência, pois dele sairão as respostas da vida”. Lembramos novamente o Mestre dos Mestres que diz “onde está o teu tesouro, aí estará o teu coração”. Tomemos cuidado com os nossos sentimentos, pois se forem maus, quanta escuridão!

Emerson diz: “O que você é ecoa em meus ouvidos com tanta força que não consigo ouvir o que diz”. S. Tiago nos ensina que a fé sem obras é morta. Ou seja, não bastam as palavras, é preciso a ação, a atitude. É a forma como agimos que faz a diferença.

William George Jordan certa vez disse o seguinte: “Nas mãos de cada indivíduo encontra-se um poder maravilhoso, para o bem ou para o mal – a influência silenciosa, inconsciente e velada de sua vida. Trata-se simplesmente da radiação constante do que a pessoa realmente é, e não o que ela pretende ser”.

Nossos exemplos estão nas nossas atitudes e não nos discursos. Parece que estamos ouvindo Jesus dizendo “honram-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”.

O PODER DE UM PARADIGMA
“Um paradigma é a maneira como “vemos” o mundo – não no sentido visual, mas sim em termos de percepção, compreensão e interpretação”.

Toda a nossa maneira de ser está pautada na forma como vemos, percebemos e interpretamos o mundo, as pessoas.

Certa vez escrevi sobre as minhas percepções acerca de um filme, e foi gratificante ver o brilho nos olhos das pessoas que leram o texto e o interesse em assistir a esse filme.

Contudo, pude constatar que pelo menos uma daquelas pessoas havia se encantado mais com o meu relato do que com a exibição do filme. O que aconteceu, afinal? Simplesmente eu havia passado as minhas impressões, o que eu pude enxergar e compreender, a leitura que fiz daquela história e não a história propriamente dita. Cada pessoa tem a sua percepção do que vê, ouve, sente, cheira, toca.

“Vemos o mundo, não como ele é, mas como nós somos – ou seja, como fomos condicionados a vê-lo. Quando abrimos a boca para descrever o que vemos, na verdade descrevemos a nós mesmos, nossas percepções, nossos paradigmas”.

OS 7 HÁBITOS – UMA VISÃO GERAL
“Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito”.

“Plante um pensamento, colha uma ação; plante uma ação, colha um hábito; plante um hábito, colha um caráter; plante um caráter, colha um destino”.

Ser líder é fazer com que os colaboradores trabalhem com zelo e dedicação, sem com isso se sentirem obrigados. “Você pode comprar o trabalho de uma pessoa, mas não pode comprar o seu coração. O entusiasmo e a lealdade encontram-se no coração. Você pode comprar a força, mas não pode comprar o cérebro. E a criatividade, engenhosidade e potencial encontram-se no cérebro”.

É interessante notar como o autor dessa obra recomenda algo que já venho fazendo há algum tempo – compartilhar o aprendizado, discutir com outras pessoas. O aprendizado só agrega valor quando utilizado, disseminado, contagiado.

Quando alcançarmos a maturidade emocional nos definiremos pelo que realmente somos, e não pela opinião ou comparações feitas pelos outros.

DEFINIÇÃO DOS HÁBITOS
O autor nos apresenta a diferença entre a dependência, a independência e a interdependência. A dependência usa como paradigma o outro. “Você tem de tomar conta de mim. Você fez a coisa certa”. A independência faz de mim o centro, é o paradigma do eu. “Eu sei fazer. Eu sou responsável. Eu sei escolher. A interdependência é a maior marca de um time, é o paradigma do nós. “Nós podemos fazer isso”. Nós podemos cooperar”.

A interdependência faz de nós pessoas mais confiantes, conscientes do nosso próprio valor e, de forma madura, enxergamos com toda a clareza as habilidades, qualidades, competências daqueles que nos cercam. Isso nos leva a compreender que se fazemos algo bom, fazemos melhor quando trabalhamos em equipe. Juntos podemos fazer melhor do que isoladamente. A independência intelectual nos dá autoconfiança e por isso podemos reconhecer o valor do outro.

CONHECENDO OS SETE HÁBITOS
PRIMEIRO HÁBITO – SEJA PROATIVO

Ser proativo é se antecipar aos fatos, ter uma visão de futuro. Isso é tão importante na vida profissional quanto no foro pessoal.

Autoconsciência é a habilidade para pensar a respeito do próprio processo de pensamento.

Ser proativo é ter responsabilidade sobre os próprios atos sem colocar a culpa por seu comportamento nas circunstâncias, condições ou condicionamentos.

Eleanor Roosevelt disse: “Ninguém pode feri-lo sem seu consentimento”. Gandhi declarou: “Eles não conseguem tirar nosso respeito próprio, se não o entregarmos a eles”. Somos nós que permitimos que os outros nos machuquem. “É nosso consentimento, nossa permissão para que as coisas aconteçam a nós que nos fere, muito mais o que os eventos propriamente ditos”.

“Não é o que nos acontece que nos magoa, mas a resposta que damos ao que nos acontece que nos magoa”.

Ser proativo é tomar a iniciativa reconhecendo a responsabilidade de fazer com que as coisas aconteçam.

As pessoas reativas utilizam uma linguagem própria que as paralisam e impedem as ações necessárias, tais como: não há nada que eu possa fazer; sou assim e pronto; eles nunca vão aceitar isso; não posso; ah! Se eu pudesse.

A linguagem proativa leva a pessoa a agir para encontrar a solução: vamos procurar alternativas; posso tomar outra atitude; posso controlar meus sentimentos; vou buscar uma apresentação eficaz; preciso achar a resposta apropriada; eu escolho; eu prefiro; eu vou fazer.

Na obra é destacada a importância do Círculo de Influência (as amizades) e a distinção entre o “Ter” e o “Ser”. Há uma reflexão acerca da história de José, relatada no Antigo Testamento, vendido como escravo no Egito pelos irmãos, quando tinha 17 anos. Ele poderia ter se rendido à própria sorte, julgando-se um derrotado, vítima. Contudo, ele foi proativo. Trabalhou no Círculo de Influência, no âmbito do Ser e não do Ter, e em pouco tempo estava administrando a prisão e logo o Egito inteiro, obedecendo apenas ao faraó.

SEGUNDO HÁBITO – COMECE COM O OBJETIVO EM MENTE
É preciso traçar os nossos objetivos. Só avançaremos quando soubermos com clareza o que de fato queremos. O objetivo definido nos leva a trabalhar na direção da sua execução.

"O que se encontra atrás de nós e o que se encontra à frente são problemas menores, comparados com o que existe dentro de nós". Oliver Wendell Holmes

Começar com o objetivo em mente significa ter uma compreensão clara do que realmente é importante para nós e trabalhar para a realização desse objetivo.

Ao ter um objetivo definido você não perderá o foco do seu desejo. Você criará uma idéia mental do seu projeto e a seguir o porá em prática.

Muitas vezes para alcançar nossos objetivos precisamos reescrever a nossa história. Deixar o temor, a preguiça, a inatividade de lado e lutar pelo que queremos.

Anuar Sadat, antigo presidente do Egito, quando jovem, foi prisioneiro da Cela 54, uma solitária na Prisão Central do Cairo, em função de seu desenvolvimento em uma conspiração contra o rei Faruk. Ele aprendeu a se afastar de sua própria mente e, através de um processo profundo de meditação, reescreveu o seu papel.

Ele aprendeu que o sucesso verdadeiro é o sucesso interior. Não se encontra na posse das coisas, e sim na posse de si mesmo, na vitória sobre o eu.

Nossa maior barreira ao crescimento interior somos nós mesmos, com nossos medos, paradigmas, rigidez mental, cegueira. Se nos vencermos voaremos ao infinito.

TERCEIRO HÁBITO – PRIMEIRO O MAIS IMPORTANTE
É preciso definir as prioridades. Esses hábitos citados tratam do autodomínio e formam as vitórias particulares. Saibamos que as vitórias particulares precedem as públicas. Esse é o princípio do gerenciamento pessoal. Saber eleger prioridades é uma arte.

A Conta Bancária Emocional
Você já ouviu falar na Conta Bancária Emocional? Cada vez que você faz uma gentileza você faz depósitos nessa Conta Bancária. Cada vez que você de alguma maneira agride alguém você faz saques assombrosos nessa Conta.

“Não é fácil ter paciência. Ser proativo exige caráter firme, foco em seu próprio Círculo de Influência, capacidade para estimular o amadurecimento, e não “arrancar as flores para verificar como as raízes cresceram”.

O livro enumera Seis Depósitos Importantes os quais citaremos a seguir.

Compreender o Indivíduo. Significa entender o outro com compaixão. Dar a atenção que você gostaria de ter.

Prestar Atenção às Pequenas Coisas. Às vezes tropeçamos em coisas tão simples como dar um sorriso, desejar felicidades, lembrar o aniversário do amigo. Interessar-se pela vida das pessoas que nos cercam. Agindo com cuidado faremos depósitos imensos em nossa conta Bancária Emocional.

Honrar os Compromissos. Quando descumprimos uma promessa fazemos um saque enorme.

Esclarecer as Expectativas. É importante que as pessoas saibam o que queremos delas realmente. O que esperamos do trabalho, da amizade.

Demonstrar Integridade Pessoal. Provamos nossa integridade sendo leais a quem não está presente. Defendendo os ausentes ganhamos a confiança dos presentes.

Pedir Desculpas Sinceras Quando Você Faz Uma Retirada. A desculpa sincera é um bálsamo na ferida que abrimos quando magoamos alguém. Pedir desculpas eleva a nossa estatura de caráter.

QUARTO HÁBITO – PENSE EM GANHA/GANHA
Às vezes precisamos perder uma batalha para mais tarde vencermos a guerra. Entendo que esse princípio provém do amadurecimento emocional, do nível de conscientização do seu Eu.

As pessoas que pensam e agem proativamente entenderão mais rapidamente o princípio do Ganha/Ganha. Àquelas que elegem o que realmente importa em suas vidas certamente exercitarão com alegria esse princípio.

O livro cita uma negociação na qual um dos contratantes quer rescindir o contrato sem, contudo ter que pagar pesada multa. A outra parte, mesmo acreditando que no primeiro momento não fará bom negócio aceitando a rescisão, por ter uma visão de futuro, proativa, enxerga nesse parceiro um cliente em potencial que, se sair ferido da negociação não mais fará parceria com ele. O acordo é selado e, posteriormente, esse cliente celebra um grande negócio com esse parceiro por confiar nele, por acreditar que ele soube compreender a importância das relações. Então a perda inicial foi totalmente substituída com larga medida pelo lucro auferido no próximo negócio.

Quando em uma discussão somos fiéis às nossas idéias como cachorros ao seu osso, sem nos importarmos com os estragos no relacionamento, será que ao final poderemos dizer que saímos ganhando nessa discussão? O que é mais importante: a amizade ou a sensação de vitória sobre uma discussão?

A relação ganha/ganha é aquela na qual você, ainda que no primeiro momento perca um pouco de terreno, terá arado a terra para que a semente ali plantada produza cem por um. Essa é a máxima de Jesus. Eis aí o segredo das relações.

Ainda que intuitivamente muitas vezes utilizei a atitude ganha/ganha objetivando colher frutos mais tarde e posso assegurar que sempre que agi assim não só me senti bem como percebi o acerto na minha decisão.

QUINTO HÁBITO – PROCURE PRIMEIRO COMPREENDER, DEPOIS SER COMPREENDIDO
À medida que nos interessamos pelas histórias dos outros somos capazes de agir com paixão – compaixão. Agir com paixão. Compreender com paixão. Ouvir com paixão. Em geral queremos que nos compreendam, mas, será que estamos compreendendo o outro? Exercitando a paciência, a escuta, a compaixão, cresceremos como seres humanos, melhoraremos nossos relacionamentos.

Todas as nossas atitudes têm conseqüências diretas com os nossos relacionamentos. Nosso trabalho depende dos relacionamentos. O sucesso profissional decorre dos relacionamentos. Procuremos ouvir sem criticar, sem julgar, simplesmente ouvir. As coisas nem sempre são como se nos apresentam. A minha verdade poderá não ser a verdade dos fatos. Nossa visão é limitada e comprometida com a nossa percepção.

O autor conta o exemplo de um homem que estava em um trem com seus dois filhos, ainda crianças. Essas crianças faziam tanto barulho que perturbava a todos. Ele pensou que o pai era um insensível, egoísta, que não se preocupava com os demais. Feita essa leitura superficial sua raiva cresceu. Ao se aproximar desse pai, soube que ele acabara de perder a esposa e que as crianças estavam encontrando uma maneira de extravasar a dor. Aquele homem estava tão absorto no seu caos interior que sequer estava ouvindo os sons ao seu redor. Imediatamente nosso interlocutor mudou a sua visão acerca daquele homem. Teve vontade de consolá-lo de alguma maneira. Repetindo, a nossa visão muitas vezes nos prega peças. Ele via um quadro de egoísmo desse pai quando na verdade era um abandono em conseqüência da dor da perda de sua esposa.

Jesus sabiamente aconselhou-nos a não julgar os outros. Só Ele sabe realmente o que acontece dentro de cada coração.

SEXTO HÁBITO – CRIE SINERGIA
O que temos feito para tornar o nosso ambiente agradável? O que temos feito para que nos tornemos confiáveis? Criar sinergia. Deixar um pouco do melhor de nós em cada gesto, cada atitude, cada palavra. Fazer emergir o que há de bom em nós e em cada um dos que nos rodeiam, isso é criar sinergia.

SÉTIMO HÁBITO – AFINE O INSTRUMENTO
Esse é o princípio da auto-renovação. Afinar o instrumento pode significar várias coisas, dentre elas cito investir em si mesmo sem mesquinharia. Se um curso vai me proporcionar maiores conhecimentos para o meu trabalho e a organização não promove esse treinamento, por que eu não invisto em mim mesmo? Será que eu não mereço me presentear com esse curso?

O que tenho feito com o meu círculo de amizades? Tenho ligado para os meus amigos? Tenho devolvido as ligações, respondido aos e-mails? Tenho procurado desfazer os mal-entendidos? E a minha espiritualidade? Tenho procurado compreender os ensinamentos de Cristo que são úteis para qualquer ser humano independentemente de religião?

Afinar o Instrumento abrange todos os outros hábitos. Significa o aprimoramento contínuo em qualquer faceta de nossas vidas: pessoal, profissional, social, familiar, religioso.

Ao nos darmos conta de que precisamos constantemente afinar o instrumento alcançamos um nível de amadurecimento capaz de nos levar a altos níveis de compreensão e de vida com qualidade.

06/12/05
Iara Mesquita

ÉTICA

A revista Veja desta semana abordou um assunto palpitante do nosso dia-a-dia - a ÉTICA, sob o título Por Falar em Pizza (Ponto de vista - Cláudio de Moura Castro).

Estou participando do curso de Formação de Gestores Públicos e, na aula de ontem o assunto foi também ÉTICA. É interessante notar como muitas vezes não nos damos conta dos atropelos que provocamos nessa respeitável dama chamada ÉTICA.

Sabemos o que os "OUTROS" fazem de errado mas não olhamos para a trave em nosso olho que nos impede de enxergar com clareza as nossas próprias falhas. Recomendo a todos que leiam o texto cuidadosamente bem escrito por Cláudio de Moura Castro que nos invade com suas inquietações pertinentes.

Esse pensador da atualidade desnuda a nossa hipocrisia ao lembrar que nós, que nos horrorizamos com os mensalões e mensalinhos, em algum momento também assassinamos a ética. Portanto, não podemos nos arvorar de donos da verdade, juízes, pois, concordando com o texto bíblico "não há um só JUSTO na face da terra".

O articulista, com sua clareza de idéias, vai descortinando um quadro que para muitos soa como algo tão natural que já não há qualquer questionamento acerca do que é certo ou errado.

"Quem recebe atestado médico (falso) está roubando da empresa, e quem o dá é cúmplice do roubo".

"A cola é roubo do conhecimento, para passar sem saber, isto é, enganar o sistema de controle de qualidade da escola. Quem cola está fraudando a meritocracia da escola, em que a nota é a recompensa pelo esforço de estudar e aprender".

"Professor que não dá aula na hora em que deveria está roubando tempo do Estado e do aluno, pois tempo é o que compra o seu salário".

"Mas não se fala em roubo quando a madame ou o seu marido deixam de pagar os impostos devidos, subornam o guarda para não pagar multa, fazem contrabando ou subfaturam compras. É como se roubar do Estado não fosse crime".

Quando tratamos a coisa pública como algo sem dono, quando não economizamos o material de escritório, quando cooperamos para o desperdício, utilizamos o carro oficial para interesse particular, atendemos mal o cliente, comprometemos a nossa jornada de trabalho com assuntos pessoais, estamos de alguma maneira nos apropriando de um bem que não é nosso, estamos fabricando algo parecido com o mensalinho.

Reflitamos sobre a Ética em nossas vidas e nas Organizações.

Iara Mesquita

PARTILHANDO UM BELÍSSIMO FILME

Há dois dias assisti a um filme comovente, rico, que nos leva a profundas reflexões: "DE PORTA EM PORTA". O filme aborda de forma lúcida e sensata o preconceito em torno das pessoas deficientes. Ao contrário das outras histórias, o protagonista é alguém forte emocionalmente, decidido, seguro.

Outro assunto abordado com riqueza de detalhes é a importância da Paciência e Perseverança. Graças a esses dois requisitos básicos utilizados incansavelmente pelo personagem, grandes vitórias o aguardam.

O título do filme tem a ver com a profissão desse grande homem - ele é um vendedor que oferece os seus produtos de porta em porta. Ele ama o seu trabalho e, talvez por isso, não perde oportunidade para exercer a sua profissão nos lugares e momentos mais inesperados.

Poderia, agora, contar para vocês a história toda. Contudo, isso poderia tirar-lhes o desejo de ir a uma locadora e pegar essa obra-prima sobre a alma humana.

Se alguém ousar aprender mais sobre a vida e se presentear com essa bela história, não se esqueça de partilhar comigo as impressões acerca do filme.


Um abraço
Iara Mesquita
22/03/05

Thursday, November 24, 2005

O MONGE E O EXECUTIVO

Li recentemente o livro O Monge e o Executivo, de James C. Hunter, e gostaria de relatar as minhas impressões sobre essa obra que aborda a Liderança com clareza, maturidade, alicerçada em uma visão humana em que para ser um bom líder é necessário primeiro fazer uma auto-análise, buscar o conhecimento de si mesmo para então liderar uma equipe com maestria.

A história começa com um executivo em crise que “ decide participar de um retiro sobre liderança num mosteiro beneditino, comandado pelo frade Leonard Hoffman, um influente empresário americano que abandonou tudo em busca de um novo sentido para a vida.”

A seguir apresentarei algumas citações e discorrerei sobre os temas.

“Juntos somos mais sábios do que cada um sozinho”. É importante valorizar os conhecimentos, as habilidades de cada um. Entender o espírito de equipe.

“Ouvir é uma das habilidades mais importantes que um líder pode escolher para desenvolver.” Ouvir não significa simplesmente deixar o outro falar. Mas, principalmente, demonstrar interesse, se envolver em sua narrativa. Meu filho Tiago já chamou a minha atenção algumas vezes ao perceber que eu silenciava mas não estava atenta ao que ele dizia. Quantas coisas aprendemos com nossos filhos!

O autor diz que devemos liderar com autoridade e esquecer o poder. A autoridade é a habilidade de influenciar as pessoas a fazerem de boa vontade uma tarefa. O poder é a faculdade de coagir alguém a fazer algo. O poder é agressivo, gera impacto e má vontade. O poder é circunstancial, portanto, poderá ser perdido. A autoridade é atemporal, independe de circunstâncias externas (políticas, apadrinhamentos, cargos etc.).

Jesus Cristo não tinha nenhum poder terreno. Ele não exercia nenhum cargo, não gozava de influência entre os ilustres da época. No entanto, tinha Autoridade mais que qualquer um. Ele foi o maior líder de todos os tempos. As pessoas eram levadas a segui-lo.

Os reis, escribas, doutores da lei, que tinham o poder, se sentiram ameaçados com a Autoridade de Jesus. O filho do carpinteiro, amigo de pescadores, tirava o sono das cabeças coroadas!!!!

Inúmeras vezes relegamos ao segundo plano os relacionamentos. O escritor nos alerta para a importância que deveremos dar às amizades. Se nos rodearmos de um ambiente saudável, equilibrado, transparente, certamente produziremos mais e melhor.

O líder não deve temer as pessoas que pensam diferente. Muitas vezes são essas pessoas que ajudam o grupo a manter o equilíbrio. Devemos nos desarmar para ouvir o outro.

Entendo que a maior pérola do livro está no capítulo quatro no qual é lembrado o amor que Jesus recomendou que tivéssemos com o próximo, amigo ou inimigo. Sempre achei particularmente difícil cumprir essa meta. Entretanto, o autor nos apresenta um caminho humano, não heróico ou necessariamente santo para que consigamos exercitar o amor bíblico. Podemos assumir atitudes positivas com todas as pessoas. Atitudes são comportamentos que só dependem de nós mesmos. É difícil amar alguém que nos feriu. No entanto, podemos adotar bom comportamento em relação a essa pessoa ao assumir atitudes de honestidade, paciência, educação, respeito.

Realmente o Amor delineado no capítulo 13 da Primeira Carta aos Coríntios está mais voltado para o comportamento que devemos adotar com as pessoas do que com sentimentos. Senão vejamos: “O amor é paciente, bondoso. Não tem inveja, não é orgulhoso. Não é arrogante nem escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça , mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”.

Para mim a lição maior do livro foi que “amar não é como você se sente em relação aos outros, mas como se comporta em relação aos outros.”

O Líder deve ter as características citadas em Coríntios. A partir dos princípios citados acerca do amor (caridade) vão se desenrolando as devidas explicações a saber:
· Paciência – mostrar autocontrole.
· Bondade – dar atenção, apreciação, incentivo.

Enxergamos aquilo que queremos e procuramos. Se aceitarmos o desafio de procurar as qualidades nas pessoas, certamente as encontraremos. Nossa visão, audição, olfato são relacionados aos nossos sentimentos. Quando estamos procurando um determinado carro passamos a vê-lo bem mais que costumeiramente porque nossos sentidos estão voltados para esse objetivo. Quando estamos quietos e atentos à natureza percebemos o canto de um pássaro que para os que nos rodeiam é inaudível. Sentimos facilmente a fragrância de um perfume que nos marcou. Cada pessoa tem um visão diferente de um mesmo fato. Depende da atitude que assumimos em relação ao mundo. Portanto, Bondade pode ser uma atitude, um comportamento.

· Humildade – oposto do orgulho. Agir sem arrogância.
· Respeito – tratar as pessoas com dignidade.
· Abnegação – descobrir as necessidades dos outros e satisfazê-las. Não confundir necessidades com vontades.
· Perdão – não significa ignorar o mau comportamento, mas ser assertivo, aberto, honesto e direto com as pessoas. Significa até refletir sobre o que levou àquela pessoa a agir de maneira imprópria. Significa lembrar que nós também erramos. Com o amadurecimento das emoções podemos nos livrar dos ressentimentos.
· Honestidade – ser livre de engano.

Ser honesto é agir com justiça. Elogiar quando merecer e não apenas para agradar, induzindo o outro em engano. Ser honesto é dar um retorno firme e justo. É esclarecer quais as suas expectativas e em que a pessoa pode contribuir mais para aprimorar os trabalhos.

Compromisso – interesse pelo crescimento e aperfeiçoamento da equipe.

Merece destaque a serena abordagem acerca da ligação entre sentimento e comportamento. “Nossos pensamentos, sentimentos, crenças – nossos paradigmas – exercem de fato grande influência sobre nosso comportamento. A práxis ensina que o oposto também é verdadeiro.”

Se aceito o desafio de me despir de preconceito e procuro enxergar, ver, ouvir com boa vontade, ( “bem-aventurados os homens de boa vontade”) passarei a conviver melhor com as pessoas, a natureza, as situações. Os sentimentos são o resultado do nosso comportamento.

Escrevi há algum tempo um poema cujo título é Santidade ao Alcance de Todos. De fato eu realmente acredito que há dentro de cada um a centelha do Divino. Somos povo santo e pecador. Lembrei-me desse poema porque o autor do livro que estamos abordando assegura que o homem é essencialmente autodeterminante e, por isso, ele se transforma no que fez de si mesmo. Cita os campos de concentração. O ambiente hostil, inóspito é o mesmo. Entretanto, enquanto uns se comportam como porcos outros perfumam o ambiente com a sua santidade.

A recompensa da liderança com todas as características acima é a Alegria. Não a alegria vã, momentânea, egoísta. É a satisfação interior, a sintonia com a grande verdade. A busca incessante de Deus no irmão.

Em Tessalonicenses 5:16-18 há a seguinte citação “Alegrai-vos sempre. Orai sem cessar. Por tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus.”

Cada vez descubro que a Bíblia é uma coletânea de riquezas profundas. Lembremos que os apóstolos estavam alegres ainda quando perseguidos e presos. Os grandes líderes como Gandhi, Buda, Martin Luther King, Madre Teresa experimentaram essa alegria bíblica.

Orar sem cessar - vivenciar a oração - agir como se estivesse orando.

Por tudo dai graças. Vejamos quantas coisas boas nos acontecem. Voltemos o nosso coração para as belezas que nos circundam. É maravilhoso respirar naturalmente. É divino enxergar, andar. Não sentir dor. Ter saúde física e mental. Ter família, amigos. Ter um lar. As maiores riquezas são gratuitas. Temos razão para viver alegres.

RECOMENDO A TODOS ESSA OBRA PRIMOROSA. A TODOS PORQUE TODOS SOMOS LÍDERES – EM NOSSA CASA, EM NOSSA IGREJA, EM NOSSO TRABALHO. LIDERAR NÃO É CHEFIAR.

Agradecimento especial ao colega Paulo Loiola que me deu a oportunidade para fazer uma excelente leitura.

Um abraço
Iara Mesquita

Iara Mesquita